Como diagnosticar TDAH em adultos? Entenda os sinais e o processo médico

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Como diagnosticar TDAH em adultos

Muita gente acha que o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) afeta apenas crianças, mas a verdade é que ele pode persistir na vida adulta e impactar diversas áreas, como trabalho, relacionamentos e estudos. Mas como diagnosticar TDAH em adultos?

O diagnóstico pode ser desafiador, já que os sintomas podem ser confundidos com ansiedade, estresse ou até mesmo traços de personalidade. Se você desconfia que pode ter TDAH ou conhece alguém que apresenta sinais do transtorno, confira como funciona o processo de avaliação médica e quais são os próximos passos!

Quais são os sintomas de TDAH em adultos?

Os sinais do TDAH podem variar de pessoa para pessoa, mas alguns padrões são bastante comuns. Os principais sintomas incluem:

  • Dificuldade de concentração e organização, tornando tarefas simples mais complicadas.
  • Esquecimento frequente e perda de objetos, como chaves, carteira ou compromissos importantes.
  • Procrastinação e dificuldade para cumprir prazos, especialmente em tarefas que exigem foco prolongado.
  • Impulsividade e dificuldade de controle emocional, o que pode levar a decisões precipitadas e reações exageradas.
  • Sensação constante de inquietação e ansiedade, fazendo com que a pessoa se sinta sempre acelerada ou distraída.

O TDAH não afeta apenas a atenção, mas também o controle das emoções e a forma como a pessoa gerencia suas atividades diárias.

Quando procurar ajuda médica?

Nem toda distração ou esquecimento significa TDAH, mas se os sintomas estão prejudicando seu dia a dia, pode ser um bom momento para buscar uma avaliação profissional.

É importante procurar ajuda médica se:

  • Os sintomas estão afetando seu desempenho no trabalho, estudos ou relacionamentos.
  • Você sente dificuldade em manter a organização e cumprir tarefas rotineiras.
  • Há uma sensação constante de frustração por não conseguir focar ou terminar o que começa.
  • O nível de ansiedade e estresse parece maior do que o normal devido à dificuldade em gerenciar o tempo e as responsabilidades.

O diagnóstico só pode ser feito por um médico psiquiatra ou um psicólogo especializado, que vai avaliar os sintomas e descartar outras possíveis condições.

Como é feito o diagnóstico do TDAH em adultos?

O diagnóstico do TDAH em adultos é um processo clínico que envolve diferentes etapas. O profissional de saúde mental pode seguir os seguintes passos:

  • Avaliação clínica: o psiquiatra ou psicólogo faz uma entrevista detalhada para entender os sintomas, a frequência e como eles afetam a rotina.
  • Histórico pessoal e familiar: muitas vezes, o TDAH tem um fator genético, então é comum perguntar sobre sintomas na infância e se há casos na família.
  • Testes neuropsicológicos: questionários e escalas de avaliação ajudam a medir o grau de desatenção, impulsividade e hiperatividade.
  • Critérios do DSM-5: o diagnóstico é baseado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), que estabelece os sinais clínicos do TDAH.

O processo pode envolver mais de uma consulta, e em alguns casos, exames complementares são solicitados para descartar outros transtornos com sintomas parecidos.

TDAH pode ser confundido com outros transtornos?

Sim! O TDAH compartilha sintomas com várias condições, o que pode dificultar o diagnóstico. Algumas das principais condições que podem ser confundidas com TDAH são:

  • Ansiedade generalizada: também causa inquietação, dificuldade de foco e esquecimento.
  • Depressão: pode levar à desatenção e falta de motivação, sintomas semelhantes ao TDAH.
  • Transtornos de personalidade: algumas características podem se sobrepor às do TDAH, como impulsividade e dificuldade em manter relacionamentos.

Por isso, um diagnóstico correto feito por um profissional é essencial para garantir o tratamento adequado.

O que fazer após o diagnóstico?

Se o diagnóstico de TDAH for confirmado, existem diversas formas de tratamento que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida. Entre as principais abordagens estão:

  • Terapia cognitivo-comportamental (TCC): ajuda a desenvolver estratégias para lidar com a desatenção, impulsividade e organização.
  • Medicação: em alguns casos, o médico pode recomendar o uso de medicamentos estimulantes ou não estimulantes para melhorar o foco e o controle dos impulsos.
  • Mudanças na rotina: criar listas de tarefas, usar alarmes e estabelecer horários pode ajudar a manter a organização e reduzir distrações.
  • Atividades físicas e técnicas de relaxamento: exercícios regulares ajudam no controle da impulsividade e melhoram a concentração.

O tratamento é individualizado, e nem todas as pessoas precisam de medicação. O mais importante é encontrar estratégias que funcionem para cada caso.

Se você desconfia que tem TDAH ou conhece alguém que apresenta esses sintomas, buscar um diagnóstico é o primeiro passo para melhorar a qualidade de vida. E você, já passou por uma avaliação ou tem dúvidas sobre o tema? Conta pra gente!

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Foto de Stephanie Kroll
Stephanie Kroll
Graduada em Farmácia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Stephanie Kroll (CRF/RJ 28001) atua na área da saúde da família com uma abordagem humanizada e é responsável técnica pelos conteúdos do Viva Bem por Qualfarma.

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